Pagode das Religiões

Pagode das Religiões

Por:Everson Salazar
Música | Música Religiosa

25

jan 2020

Pagode
das Religiões

Gosto de falar sobre música, gosto ainda mais de falar da música cristã e falar sobre música cristã sem falar do Maurão, é como ir pra uma festa de criança e nessa festa não ter bala de coco. Muitos talvez nem degustarão a bala de coco na festa, mas uma boa festa de aniversário à moda antiga não pode faltar a doce e macia bala de coco. Assim é Maurão um cantor marcado pelo seu bom humor, composições maravilhosas como Pagode das Religiões, Cidadão do Céu, Joaquim e Manuel, entre outras que foram fundamentais na revolução da música cristã nos anos 80, marcando uma geração privilegiada que pôde cantar o evangelho de Cristo em cada esquina, digo esquinas, luais, shows, rádios FM, evangelismos relâmpagos, clubes bíblicos, porque nas instituições religiosas éramos proibidos.
“Pagode das Religiões”, um samba raiz de harmonia simples, distribuída no tradicional V7 secundário IIm7 V7 I, com direito ao contraponto do violão sete cordas, o charme de um trombone de gafieira na sua introdução e algumas interferências nos seus poucos mais de três minutos de duração. Na minha modesta opinião é uma das músicas mais profundas na desmistificação do evangelho “religioso”, com um refrão testemunhal, e estrofes que não serviam para ser cantada dentro das “quatro paredes” dos templos religiosos, mas para serem expressadas nos botecos, faculdades, no trabalho, nas feiras e praças, pois dizia: “Conheci Jesus, encontrei a paz e você meu rapaz, se quiser, pode ter essa luz, é prestar atenção no que Ele falou e se abrir de coração pra o que Ele deixou”.
Cantar esses versos era desafiador em vários aspectos, primeiro que o samba sempre foi marginalizado pelos religiosos, então ousar tocar um samba era correr o risco de ser suspenso do grupo de adolescente/jovens, e tocar era o nosso prazer, não poderíamos ficar de fora dos grupos. Mas o nosso maior desafio era no sentido de sermos verdadeiros no nosso dia a dia, estando nós rodeados de testemunhas que comprovariam o que estávamos dizendo, cantando e vivendo. Essa música fazia parte da renovação de pensamento de uma geração subjugada pelos fardos da religiosidade imposta por líderes que não permitiam um relacionamento fraterno com pessoas de outras “denominações” evangélicas, muito menos “amar” o próximo que professasse outra fé.
Naquela época, eu e nosso grupo de pré-adolescentes, cantávamos como forma de manifestar nosso descontentamento com a “ditadura religiosa”, mas na realidade praticávamos o evangelho genuíno baseado nos passos do Senhor Jesus, que era testemunhar a transformação que Ele fez em nossas vidas, nos trazendo a paz que o mundo não nos deu.
Maurão nessa bela música, viaja em algumas religiões com o seu olhar de poeta e disseca as suas performances, manias e peculiaridades e ao final conclui de forma brilhante dizendo: “Religião pode ser uma boa, mas nem sempre faz um bom papel, por mais bonitinha que seja, não leva ninguém para o céu, no final desse meu pagode, se você gostou eu não sei, mas eu tinha que falar de Jesus que eu encontrei”.
Que maravilha podermos testemunhar de um Senhor grandioso, que sendo o filho de Deus, deu a sua vida para nos salvar garantindo assim a vida eternal no lar celestial.
Finalizo te convidando a conhecer o Jesus do Maurão e certamente encontrarás a paz que tanto busca para a sua vida!

Ouça a gravação original da música Pagode Das Religiões, interpretada pelo Maurão.


Compartilhe:



(31) 99305-2233

contato@eversonsalazar.com

Conteúdo protegido.
×