Conhecimento Empírico x Técnico

Por:Everson Salazar
Música | Musicalização

13

fev 2020

Conhecimento Empírico x
Técnico

Nós músicos que nos foi apresentado a teoria musical nos anos 80, 90 e 2000, em nossa maioria, fomos ensinados que a duração da semibreve era quatro tempos, que o compasso composto tinha uma outra fórmula, tudo isso mesmo já tendo em evidência métodos tradicionais de autores como Maria Luisa Prioli, Bohumil Med, Osvaldo Lacerda, entre outros. O grande detalhe é que não tínhamos as facilidades da internet e o professor era forçado a desenvolver uma metodologia própria, que muitas vezes não era a ideal e só conseguia chegar ao final do curso de teoria musical os “heróis da resistência”, porque essas aulas não eram interessantes e muitos conceitos fundamentais para a prática musical eram abortados nessa metodologia.
Com o avanço da tecnologia, o mundo virtual aproximou as pessoas e possibilitou conhecer as experiências de cada professor em regiões diversas e ter acesso ao resultado dessas experiências.
Contudo, observamos que a grande maioria dos cursos de música desenvolvidos dentro de organizações não governamentais, ainda mantém um método tradicional baseado no conhecimento empírico do professor, que se mantém alheio a novas ferramentas educacionais como livros ilustrados e contextualizados, plataformas digitais e softwares musicais que potencializam o aprendizado do aluno, tendo consequentemente como resultado uma aula desinteressante para o aluno.
Acredito que a disseminação das escolas de música de nível técnico e superior por parte do Estado, possa trazer aos professores a atenção para algo tão valioso, que é o conhecimento técnico com abordagens atualizadas, que agregadas ao conhecimento empírico transformará a música praticada em nossos projetos sociais e culturais, em música de qualidade com alunos motivados, melhores praticantes de música e excelentes ouvintes.


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