“Suas mãos estão sobre tudo. De Ella Fitzgerald a Frank Sinatra, Ray Charles a Michael Jackson, de “Roots” a “In the Heat of the Night”, Jones é o grande camaleão da música do século XX”. – Rashida Jones –
“Ele entra para a longa lista de celebridades que foram vítimas deste boato. Ele está vivo e passa bem”, informou a assessoria, após uma página do facebook “R.I.P. Quincy Jones” noticiar na semana passada (07.02.2021) o falecimento de ninguém menos que o maestro Quincy Jones de 87 anos.
Fundador da Quincy Jones Listen Up Foundation, uma fundação que dá aos jovens acesso à tecnologia, educação, cultura e música, com programa de intercâmbio intercultural entre jovens carentes de Los Angeles e África do Sul, Quincy Delight Jones Jr. nasceu em Chicago e teve a iniciação musical na infância após a morte de sua mãe.
Ainda jovem, Quincy Jones escreveu arranjos para Dizzy Gillespie, Count Basie, Lionel Hampton, Ray Charles que foi seu amigo de infância e parceiro musical nos casamentos e casas de jazz em Washignton. Aos 24 anos formou a sua própria big band, com os mais tops músicos do mercado, tornando se um bem sucedido executivo de gravadora.
Quincy gravou aproximadamente 51 trilhas de filme e TV, se estabelecendo como um dos maiores produtores da música, tendo no seu currículo de trabalhos, nomes como Ella Fitzgerald, Sarah Vaughan, Frank Sinatra, Ray Charles, Aretha Franklin, George Benson, Peggy Lee, Miles Davis entre outros. “Suas mãos estão sobre tudo, ele é o grande camaleão da música do século XX”, disse sua filha Rashida Jones. Ele gravou 2.900 canções, 300 álbuns, sendo indicado 79 vezes ao Grammy, ganhando 27 Grammys.
A mais bem sucedida parceria de Quincy Jones, foi com Michael Jackson, rendendo três álbuns clássicos: Off the Wall, Thriller e Bad. Thriller vendeu 100 milhões de cópias, sendo o mais vendido de todos os tempos. Em 85 com a célebre frase na porta do estúdio “deixe seu ego do lado de fora”, Jones produziu o grande sucesso “We Are The World”, canção idealizada e composta por Michael Jackson e Lionel Richie, com objetivo de arrecadar fundos para o combate à fome no continente africano, foi gravada por 45 dos maiores nomes da música norte-americana, tendo como percussionista deste single o brasileiro Paulinho da Costa.
Tenho uma forte influência do Quincy Jones na minha forma de arranjar e orquestrar para big band e isso se deu quando ouví o arranjo das músicas Mack The Knife e Fly Me To The Moon na voz de Frank Sinatra, passando a fazer parte do meu repertório com big bands. Verdade é que passei a buscar em minhas orquestrações a sonoridade vibrante e contagiante que ouví na música do Quincy.
A revista Time o colocou entre os mais influentes músicos de jazz do século 20, e sem dúvida, ele realmente é.
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